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Relacionamentos busivos

Quem se aprisiona é a abusada. Foto: Ana Helena Cologne

Em uma conversa, a Dra Monize Dias Lima, especialista em psicoterapia, diz às causas que se fazem presentes nestes relacionamentos que possuem agressões físicas, mas principalmente morais.

No dia-a-dia podemos até não perceber, mas é comum encontrarmos em barzinhos, no shopping, por onde andamos, é só olharmos para o lado e percebemos um casal, ou até mesmo amigos, onde um age como superior, insultando o outro. São os chamados Relacionamentos Abusivos, a vítima mesmo não se dando conta acaba se fechando, enquanto o agressor usa palavras ofensivas como "você é burra", "sem mim você não faz nada". E diante dessas atitudes a vítima se cala. É fácil reconhecer uma pessoa abusiva, são atitudes como ciúmes, controle, manipulação, entre diversos outros.


Esta pessoa acaba criticando as suas roupas, os seus amigos, sua forma de falar, te desrespeita para se tornar o superior. Mas como controlar ou sair deste tipo de relação? O Jornaleiro foi até a clínica de psicologia Morada do Ser e segundo a psicóloga Monize Lima, 25 anos. “Vários fatores fazem com que a pessoa permaneça nesse relacionamento, o que acontece é uma dependência afetiva, com autoestima baixa. Isso acontece quando o abusivo se torna dominador, ele sente que a qualquer momento pode ser traído, se tornando inseguro. Vemos vários casos de pessoas que não conseguem manter relacionamento porque sufoca a outra. Ele quer manter o controle, fazendo chantagens”, completa.

Uma característica comum do agressor é a mudança repentina de estado, fazendo com que em um momento ele agrida e em outro seja carinhoso, segundo a psicóloga, isso se deve ao fato do medo de perda. “Ele tem consciência que se só bater irá perder a pessoa, então ele agride, mas depois agrada, e a outra por ser frágil acaba perdoando”.

Estes tipos de relacionamentos fazem com que a vítima demore a perceber em que grau esta o relacionamento, pois ela acaba achando que deve ajudar o companheiro, afinal dificilmente o abusivo procurará ajuda, mas a dica da Dra. Monize Lima é, ignorar totalmente. “Muita gente acaba invertendo os papéis na relação, você se preocupar mais com o outro do que com você mesmo gera algum problema. O importante é pensar em si mesmo, e criar a sua liberdade.” A vítima não deve se isolar ou deixar de fazer o que gosta, assim, a psicóloga Continua. “Essa pessoa também precisa rever as prioridades dela. Em um processo de terapia ajudaríamos a pessoa a olhar para si mesmo, dar mais importância ao que ela sente”. Completa, e ainda alerta: “Ela vai sofrer, porque esse tipo de pessoa realmente fica no pé, e demora em sair fora, mas se ela insistir, colocar o comportamento em extinção, persistir, ela consegue. É como uma criança fazendo birra, se ceder uma vez, a birra não para mais”. Finaliza.

O poder de mudar o relacionamento está nas mãos da pessoa que sofre o abuso, ela precisa recriar sua autoimagem e se ver livre de todos os insultos, criando uma nova vida, e se desprendendo de todas as chantagens.


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